quinta-feira, 14 de julho de 2011

2ª Copa de Futebol de Base Wagner Ribeiro


Faltando poucos dias para o inicio da 2ª Copa de Futebol de Base Wagner Ribeiro, realizada emBueno Brandão, de 20 a 24 de julho, vamos conhecer através de reportagem de Marcelo Prado doGlobo Esporte um pouco da vida empresarial de Wagner Ribeiro, confira:

Atacante frustrado, Wagner Ribeiro comanda as joias Neymar e Lucas
Empresário começou no futebol na década de 90 como representante do atacante França, ex-São Paulo, e já teve Kaká e Robinho como clientes

Um atacante frustrado. Aos 14 anos, o então atacanteWagner Ribeiro tentou a sorte no Corinthians. Foi reprovado. Uma semana depois, veio a segunda chance, na Portuguesa. Novo veto. O sonho de ser jogador morreu, mas a paixão pelo futebol, não. Depois de se formar na faculdade, ele foi trabalhar como operador na Bolsa de Valores. E, em 1996, iniciou sua aventura no futebol. Hoje, é um dos empresários mais influentes do Brasil.
- Eu queria ser jogador de futebol. Não tive sucesso. Mas sempre fiquei ligado ao futebol. Em 1996, estava em Jaú e, junto com um grupo de 20 pessoas, fomos investir no XV. Como eles não conseguiram devolver o dinheiro, deram o passe de um atacante, oFrança. Eu virei o representante do atleta, consegui colocá-lo no São Paulo e, quando isso aconteceu, recebi um valor porque tinha parte dos direitos dele. Daí para frente, não parei mais – contou o empresário, em conversa com a reportagem do GLOBOESPORTE.COM.
Hoje, Wagner Ribeiro é representante de duas das maiores joias do futebol brasileiro: o atacanteNeymar, do Santos, e o meia-atacante Lucas, do São Paulo. No passado, ele cuidou das carreiras deKaká, revelado pelo Tricolor e que hoje defende o Real Madrid, e de Robinho, cria da Vila Belmiro e que atualmente forma o ataque do Milan com o sueco Ibrahimovic. E qual o segredo para representar tanta gente boa?
- Cada caso é um caso. O Neymar, por exemplo, veio até mim através do Betinho, que foi o professor de futebol de salão dele e até hoje é meu amigo. No caso do Kaká, por exemplo, eu e o pai dele tínhamos um amigo em comum, que era o conselheiro Jorge Guimarães. O Robinho chegou via empresário Aluízio Guerreiro. O Lucas é totalmente diferente, já faz parte do processo de observação que faço nos campeonatos sub-15, sub-17 por todo o Brasil. Tenho uma equipe que só faz isso Hoje, eu me dedico a 30 atletas. Mas o restante da minha equipe cuida muito bem dos outros. No total, tenho aproximadamente 200 atletas – ressaltou.

Sem oferecer dinheiro

E até que ponto vai o empresário na carreira de um atleta? Como ele ganha dinheiro? Com a palavra,Wagner Ribeiro.
- Eu cuido da vida do jogador quando se trata de coisas pessoais. Se ele está com problema jurídico, contrato advogado. Se tem problema de saúde, busco o melhor especialista. Se está deprimido, levo ao psicólogo ou psiquiatra. Quando algum jogador quer comprar um imóvel, mando um funcionário meu junto com o pai para fechar negócio. Quando está tudo no papel e falta apenas pagar é que o jogador entra no circuito. Porque senão fica tudo mais caro. Eu não ofereço dinheiro para jogar. Isso só acontece se eu comprar parte dos direitos federativos. Eu só ganho em duas hipóteses: porcentagem dos direitos de imagem, e recebo diretamente da empresa, ou transferência do atleta. Além disso, brigo pelo meu cliente até o limite. Se um clube não quer mais, arrumo quem quer. A lei do futebol hoje é assim – ressaltou.
E como é a rivalidade dentro do mundo dos empresários? Afinal, todos querem cuidar da carreira dos melhores atletas e é natural que ocorra uma concorrência.
- Não existe rivalidade. Eu respeito todos e todos me respeitam. Eu não alicio jogadores dos outros e ninguém alicia os meus jogadores. Eu me dou muito bem com o Juan Figer, trabalhei três anos no escritório dele. Conheço muito o Gilmar Rinaldi, foi meu ídolo como goleiro do São Paulo, é um cara muito sério. O Giuliano Bertolucci é meu parceiro. Eu me dou muito bem com o Eduardo Uram no Rio. Todos trabalham com muita ética – disse.
Reportagem e Fotos: Marcelo Prado/Globo Esporte